Desde que os 1,4 milhão de alunos das 2,1 mil escolas da rede estadual retornaram às aulas, aproximadamente 7 mil cuidadores têm feito o monitoramento dos casos suspeitos da gripe A. Em diversas regiões do Paraná, a intervenção do cuidador foi fundamental para afastar alunos que apresentaram sintomas. O atendimento aos alunos tem se mostrado eficaz e para muitos pais é um fator de tranquilidade. “Todos os dias recebo ligação do colégio para saber sobre a saúde da minha filha”, diz Maria Rita Maris Alberto, mãe de Maiele, estudante da 8ª série no Colégio Estadual Leôncio Corrêa, em Curitiba.

Para Maria Rita, evitar a propagação do vírus não depende só do colégio. “Se todos fizerem a sua parte, fica mais fácil controlar a gripe”, afirma. No colégio, como medida de precaução, o cuidador da gripe Marcello Monteiro constatou os casos suspeitos e orientou os pais para que o aluno ficasse em observação e se necessário encaminhá-lo para uma unidade de saúde. “Devido ao treinamento dos professores, os pais estão se sentindo seguros e a frequência dos alunos está em torno de 95%”, destaca Monteiro.

“Diante da gravidade da doença, acho válida a ação do colégio em preservar a saúde dos alunos”, diz Maria de Fátima Telles da Silva, mãe de Matheus, da 6ª série do Colégio Estadual Leôncio Corrêa, aluno que foi afastado por sete dias.

Najla Chamma, mãe de Vivian, aluna da 6° série do Colégio Estadual Visconde de Guarapuava, em Guarapuava, conta que na última quarta-feira (19) ligaram do colégio para dizer que a sua filha estava um pouco debilitada. “Como medida de prevenção, tanto para ela como para os colegas, a orientação foi para que ela ficasse em repouso”. De acordo com Najla, a agilidade no atendimento faz toda a diferença. “Quando fui buscar minha filha, ela estava me esperando de máscara. O colégio entrou em contato duas vezes para saber como a Vivian estava”, diz.

O professor e cuidador Carlos Augusto Silva Ribeiro, diretor do Colégio Visconde de Guarapuava, conta que o colégio tem um relatório de monitoramento da gripe A e os cuidadores acompanham o estado de cada aluno afastado. “Os alunos só retornam ao colégio mediante declaração por escrito dos pais ou mediante laudo médico”, afirmou o diretor.

Em sala de aula, os alunos representantes de turma observam de perto os colegas e quando percebem alguém mais debilitado avisam o professor, que chama o cuidador da gripe para fazer o encaminhamento. Em seguida, os pais são avisados e chamados para buscar o aluno. “Trabalhamos em parceria com a equipe pedagógica. Assim, toda a comunidade escolar participa de forma consciente e ativa do monitoramento”, explica Ribeiro.

Para a secretária da Educação, Yvelise Arco-Verde, é importante que a comunidade aproveite este momento e se conscientize do seu papel no enfrentamento da gripe. “Cada cidadão pode e deve atuar como um agente no sentido de colaborar, observando em seu ambiente a possível manifestação dos sintomas da doença”, ressalta.

Segundo Yvelise, a comunidade pode colaborar fiscalizando se as medidas de higiene e desinfecção estão sendo tomadas nas escolas da rede estadual. “Caso seja percebida a falta de material ou de orientações sobre prevenção, a comunidade deve entrar em contato com a Secretaria de Estado da Educação ou com os Núcleos Regionais da Educação”, recomenda. Informações ou reclamações podem ser encaminhadas à Ouvidoria da Secretaria pelo telefone 0800 419192 ou pelo e-mail ouvseed@pr.gov.br.

Fonte Site Dia a Dia Educação.